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CINCO DICAS PARA UMA PULVERIZAÇÃO DE QUALIDADE

CINCO DICAS PARA UMA PULVERIZAÇÃO DE QUALIDADE

Aumente a Produtividade da sua Lavoura com essas Dicas Simples

Por Fabiano Mota

Agrônomo Formado em 2002 pela UFFRJ, Especialista em Tecnologia de Aplicação, Consultor e Representante Técnico de Vendas

Muito se discute sobre o tema de tecnologia de aplicação de defensivos.

Diversas soluções são propostas, desde os equipamentos caríssimos de alta tecnologia, até aqueles produtos milagrosos que, sozinhos, prometem reduzir a deriva, aumentar a cobertura do alvo, atuar como fungistáticos e, eventualmente, como inseticidas.

Para que tenhamos os melhores resultados em pulverização é importante reconhecermos nossa prioridade. Qual é a finalidade da pulverização agrícola?

A esta pergunta muitas vezes encontramos respostas que desconsideram a prioridade zero: o controle do alvo.

Ele pode ocorrer com alto ou baixo consumo de água; alto ou baixo rendimento operacional; alta ou baixa produção de deriva. Importante lembrar que na escala de prioridades, cada escolha interferirá direta ou indiretamente na qualidade da pulverização.

A busca da melhor qualidade na pulverização deverá levar em conta fatores simples, mas de extrema importância para o resultado esperado. Destacamos cinco fatores que lhe auxiliarão na definição das suas prioridades:

 

1 – MOMENTO

Também chamado de “timing”, é o ponto na linha do tempo em que o nível de infestação do alvo está prestes a causar dano econômico à lavoura.

Pulverizar antecipadamente a este ponto pode não gerar o controle esperado, por não haver densidade suficiente da população-alvo a ser controlada.

Do contrário, a pulverização feita após este ponto apenas reduzirá o dano econômico já causado por essa população-alvo.

 

2 – EQUIPAMENTO

O pulverizador é responsável pela manutenção do potencial de produtividade da sua cultura.

Quando ele entra na lavoura, aproximadamente 60% de todo o investimento já está comprometido (preparo de solo, sementes, fertilizantes, entre outros).

Uma máquina não pode iniciar seu trabalho nesse momento sem estar devidamente regulada, com comando de válvulas calibrado, bomba produzindo a pressão e vazão necessárias, filtros de malhas adequadas às pontas de pulverização e sem nenhum vazamento.

A utilização de um kit-manômetro, para ser posicionado na saída do bico e registrar a pressão real de saída da ponta, bem como uma proveta graduada para se medir o volume e compará-lo com o calculado são fundamentais nesse caso.

 

3 – TAMANHO DAS GOTAS

Bico HYPRO 3D Produz Gotas Médias a Finas – Ideal para Produtos de Contato

Produzidas pelas pontas de pulverização, as gotas são como projéteis que carregam o defensivo até o alvo.

Pelo modo de ação, inseticidas, fungicidas e herbicidas de contato requerem gotas de menor tamanho e em maior quantidade para garantirem controle.

Já os herbicidas sistêmicos podem ser aplicados com gotas maiores e em menor densidade.

A escolha da ponta de pulverização correta é essencial para o sucesso da pulverização. Caso não se sinta seguro, busque orientação de um profissional qualificado – A COMAM conta com equipe de agrônomos prontos para ajudá-lo nessa decisão.

 

4 – JANELA DE APLICAÇÃO

É o período ao longo do dia em que a pulverização pode ser feita de forma mais segura.

A pesquisa comprova o impacto da incidência de ventos, temperatura e umidade do ar na qualidade da pulverização. Estes parâmetros devem ser monitorados constantemente para se construir a tal janela de aplicação.

Tenha sempre à mão um monitor climático para poder definir a melhor estratégia de pulverização ao longo do dia, lembrando sempre que:

  • Em condições climáticas mais amenas, podemos trabalhar com menores tamanhos de gotas e volumes de calda mais baixos;
  • Já nos períodos do dia em que a temperatura está mais alta, a umidade mais baixa e com maior incidência de ventos, recomenda-se trabalhar com gotas de maior tamanho e maiores volumes de calda

 

5 – AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO

Utilize Papéis Sensíveis à Água para Comprovar os resultados de sua Aplicação

Todos os parâmetros para uma aplicação de qualidade foram adotados:

  • O momento está correto
  • O equipamento está devidamente regulado e calibrado,
  • As pontas de pulverização estão produzindo gotas de tamanho adequado à necessidade da aplicação.

Com poucas ferramentas é possível comprovar a eficiência da pulverização.

Utilize uma mesa de checagem de distribuição para verificar a regularidade na distribuição do jato sob a barra e papéis sensíveis para constatar a cobertura do jato pulverizado sobre o alvo.

Seguindo estas cinco dicas você garantirá a qualidade na sua pulverização e, na dúvida, consulte sempre um engenheiro agrônomo!

Fabiano Mota

É Agrônomo Formado em 2002 pela UFFRJ, Especialista em Tecnologia de Aplicação, Consultor e Representante Técnico de Vendas